sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Caráter ou Personalidade?


Na semana passada, conversamos sobre o Rompimento com Velhas Convicções. Apontamos que um apego exacerbado a posicionamentos arraigados em nossas mentes muitas vezes nos impedem de vislumbrarmos novos horizontes, percebermos novas oportunidades e abraçarmos novos desafios.



Hoje, senti desejo de lhe levá-los a um movimento contrário, ou seja, o de buscar inspiração para uma firmeza de caráter.



Caráter e Personalidade são duas palavras frequentemente usadas para nos referirmos ao comportamento das pessoas. 




De acordo com o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, Caráter e Personalidade são tratados indistintamente como a individualidade consciente de cada pessoa, ou seja, aquilo que a distingue das demais.



No senso comum, Caráter fala de índole e Personalidade, de temperamento.



Podemos pensar em Personalidade como sendo o fruto do que construímos em nossa história de vida, por meio das experiências vividas, exemplos dos pais, educação recebida etc., o que se concretiza na forma como lidamos com o mundo e com as pessoas que nos cercam. 



Já o Caráter, seria um elemento partícipe da personalidade, que não está diretamente ligado aos hábitos e comportamentos herdados pelo meio em que vivemos, mas ao nosso próprio posicionamento frente à vida. Podemos definir caráter como "a nossa determinação frente à nossa inclinação".



A Bíblia conta a história de quatro rapazes que se tornaram um grande exemplo de caráter íntegro. Seus nomes: Daniel, Hananias, Misael e Azarias.



Estes quatro jovens hebreus, habitantes de Jerusalém, foram levados presos para a Babilônia pelo Rei Nabucodonosor, por volta do ano 605 a.C.



Eram adolescentes, estavam em formação. Eram de linhagem nobre e de famílias judias proeminentes. Por isso mesmo, foram criteriosamente escolhidos com o fim de servirem ao império babilônico. Lá permaneceram durante toda as suas vidas. Aprenderam tudo relacionado à cultura e à língua dos caldeus (Daniel 1.4). Mas praticaram somente aquilo que, confirme seu caráter, julgaram pertinente realizar.



Isto representou uma quebra de paradigmas.



O primeiro aconteceu logo na chegada à corte. Como forma de rejeição a um estilo de vida contrário ao seu, Daniel, que na Babilônia recebeu o nome de Beltessazar, e seus amigos, foram os primeiros a dizerem "não" ao sistema. O banquete preparado para os exilados com "finas iguarias da mesa real e vinho" (Daniel 1.5) foi rejeitado pelos quatro rapazes que optaram por uma dieta a base de "legumes e água" (Daniel 1.12).

 

O resultado desta escolha foi uma aparência bem mais saudável do que a dos jovens que comeram das iguarias do rei (Daniel 1.15).



Um segundo episódio é relatado no Capítulo 3, do mesmo livro. Hananias, Misael e Azarias, cujos nomes foram trocados por Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, respectivamente, decidiram não venerar a estátua de ouro que Nabucodonosor havia construído para si. Todos os súditos do reino, do menor ao maior, aderiram à regra imposta pelo rei, dobrando os joelhos junto à estátua, sempre que ouvissem o som de trombetas tocando. Os três jovens não se inclinaram, firmados no princípio de que só deveriam inclinar-se perante o Deus dos céus.

O resultado deste posicionamento foi uma sentença de morte. Hananias, Misael e Hazarias foram amarrados e jogados numa fornalha de fogo, reaquecida mais sete vezes (Daniel 3.19). A Bíblia conta que o fogo era tão intenso que matou os guardas que executaram a sentença (Daniel 3.22).



Outro milagre, porém, aconteceu. Em fração de segundos, os três jovens que haviam caídos amarrados no fogo foram vistos por Nabucodonosor em pé na fornalha, andando, e, juntamente com eles, um quarto homem (com o aspecto de um ser celestial), passeando no fogo ao seu lado (Daniel 3.25).


O rei não resistiu, ficou sobremodo aterrorizado! E a partir deste dia, reconheceu a grandeza do Deus a quem aqueles quatro rapazes serviam, lançando um decreto que passou a resguardar-lhes o direito de adorar a Deus e punir quem os impedisse (Daniel 3.29).



Outras lindas histórias de milagres também são relatadas no livro de Daniel. Poderia escrever-lhes dois outros tantos do que registrei aqui.



Mas acredito que estes dois exemplos são mais do que suficientes para afirmar-lhes a importância de confiarmos em Deus. Não falo de convicções humanas, estas, sim, podem ser revistas, reorganizadas em nossa mente. Mas a fé inabalável em Deus é fundamental para sobrevivermos no mundo de incertezas como o que estamos vivendo.



Aprendo com a Bíblia que um Caráter lapidado por Deus é capaz de moldar até mesmo a nossa Personalidade!



Ou, por outro lado, ainda que o contexto, o mundo, o sistema sejam contrários às convicções de um caráter tratado por Deus,  o mesmo não muda, não se deixa influenciar.



O resultado: uma vida de milagres!



Bom final de semana!

Que Deus o(a) abençoe!

Priscila David



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