Há alguns anos minha mãe me contou a linda história de Ana, uma mulher de Deus, cuja experiência de vida traz exemplos para todas as mamães, em especial para aquelas que estão, no momento, mais atuantes no papel de educar seus filhos.
Sempre que se aproxima o Dia das Mães, o nome de Ana me vem à lembrança. Sua história é realmente inspiradora.
A Bíblia relata que Ana era estéril, embora desfrutasse do amor dedicado de seu marido, Elcana (I Samuel 1.5). Depois de sofrer muito com o desprezo da sociedade e com a própria angústia pessoal de desejar abraçar um filho sem conseguir, Ana faz uma súplica a Deus, juntamente com um propósito:
- Se fosse contemplada pelo Senhor com a graça de dar à luz, ela devolveria a criança ao serviço da casa de Deus, em Siló. E Deus a respondeu.
Nasce o menino Samuel, cujo nome significa ao Senhor pedi (I Samuel 1.20), como uma forma de gratidão e reconhecimento de Ana pela oração respondida.
Após desmamar o menino, a Bíblia conta que Ana honra seu voto e traz Samuel bem pequeno ao sacerdote Eli, na casa do Senhor em Siló (I Samuel 1.24). Ela celebra sua vitória em família e diz ao sacerdote: "Por este menino orava eu", relembrando-lhe as inúmeras vezes que foi encontrada no templo chorando e buscando resposta para o seu pedido, ao que o Senhor atendeu.
Ana volta para casa com seu marido, mas anualmente, regressa a Siló, agora com dois objetivos: apresentar seu sacrifício no templo e visitar Samuel.
Mesmo "entregando" o menino a Deus, Ana sabia da responsabilidade de acompanhar o crescimento do filho por quem tanto orara.
O exemplo típico deste cuidado vejo na túnica que Ana preparava anualmente e a trazia a Samuel. Ela mesma a preparava, conforme I Samuel 2.19, e com isso contemplou o crescimento do seu filho querido.
A túnica era, portanto, adequada em tamanho ao corpo do menino. Nem grande, nem pequena, mas na medida certa.
Possivelmente, uma das grandes dificuldades das mães do século XXI é não saberem mais como educar seus filhos.
- Algumas estão entregando às crianças túnicas frouxas demais, tão frouxas que as têm deixado inseguras, sem referenciais, sem princípios para regerem suas vidas.
- Outras mães estão cosendo túnicas muito apertadas, impondo aos filhos um peso de responsabilidade muitas vezes inapropriado à sua idade, gerando revolta, e até traumas difíceis de serem superados na idade adulta.
- Os casos mais graves, e cada mais recorrentes nos dias de hoje, é a falta da túnica, ou seja mães ausentes, que têm deixado seus filhos expostos à invernada da vida, sem qualquer tipo de orientação, atenção, cuidado, carinho, muito menos educação.
Quero convidar às mamães leitoras deste blog a dedicarem um pouco mais de tempo ao diálogo com seus filhos, de sorte que descubram o que se passa no interior de suas mentes e corações. Somente assim, descobrirão o tipo de túnica apropriado a conceder-lhes em cada fase de suas vidas.
"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele". Provérbios 22.6.
Feliz Dia das Mães!
Priscila David
Profundo e objetivo! Gostei demais!
ResponderExcluirAgradecemos suas palavras, Karen. Forte abraço!
ResponderExcluirExcelente Priscila!
ResponderExcluirSaudacoes, Priscila.
ResponderExcluirSabe o q eu testemunho tambem e com o coracao apertadinho, eh q ha maes estereis na sua vocacao materna. E sabe-se la o porque disso. Tiveram o dom de gerar, de ter um filho, mas nao sabem como ama-lo, nao cuidam, nao o respeitam em sua primeira e essencial condicao humana. E as consequencias disso nao promovem paz e felicidade. Muito do que vemos nos males sociais infelizmente estao sendo produzidos dentro de casa, no seio das familias. E familia tambem eh a menina dos olhos de Deus.
Sabias palavras! Obrigada por mais este momento valioso de reflexao. Um abraco. :)
Linda explanação, direta e objetiva. Sempre que lia 2 Samuel 2.19 entendia dessa forma mas não saberia expor esse entendimento com tanta exatidão.Agora sim! Obrigada, que Deus continue abençoando seu ministério poderosamente.
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