quinta-feira, 25 de abril de 2013

Desconhecimento na Era da Informação

Estamos na Era da Informação. Esta nova ordem social, discutida na obra A Sociedade em Rede do sociólogo espanhol Manuel Castells vem sendo amplamente favorecida pelos avanços tecnológicos, experimentados pela humanidade no presente século. Nunca foi tão fácil obter informações sobre o que nos cerca, mediante o pressionar de algumas teclas de computadores, celulares, tablets ou outro instrumento da tecnologia digital conectado à rede Internet.

Estamos presenciando uma ampla difusão de informações, sobre temas variados, em todo o mundo.

E a sociedade em rede vem se revelando revolucionária na questão do conhecimento, melhor dizendo, da informação. Concordo com os críticos sobre a distância existente entre essas duas expressões: informação e conhecimento. Este último fala de apropriação, de vivência, de experiência pessoal. A informação não. Ela está disponível, posso consumi-la e com ela me identificar, conforme meu interesse em dado instante.

Agora conhecer sobre, vai muito além de simplesmente consumir informações. Posso assistir a um jornal, ler notícias na Internet sobre temas da atualidade, sem necessariamente elaborar conhecimentos sobre eles.

É assim que vejo o relacionamento do homem com Deus. Nunca se falou tão abertamente sobre a pessoa de Deus, quem Ele é, qual o seu propósito para com a humanidade e o que Ele espera de nós. A Bíblia hoje, disponível digitalmente em centenas de idiomas e dialetos, nunca foi tão lida em toda a história da humanidade.

Mas o que se sabe sobre Deus? O que d'Ele se pode contar? A maioria das pessoas ou reproduzem o que d'Ele ouvem falar ou desenvolveram uma visão distorcida a Seu respeito ou, simplesmente, o têm ignorado.

Como na era da informação, poucos têm buscando desenvolver conhecimento sobre Deus. Como os discípulos em Mateus 16.13, 14, têm se mantido na superficialidade de apenas"reproduzir" o que ouvem falar sobre Ele: "uns dizem que tu és João Batista, outros dizem que tu és Elias, Jeremias ou um dos profetas", relataram os discípulos sobre a opinião da sociedade que conviveu com Jesus.

Por outro lado, há pessoas cuja falta de conhecimento sobre o Eterno, atribuem-Lhe adjetivos que não o representam:

- "Deus é um detetive onipresente, a espera de uma oportunidade de me entregar às autoridades competentes para julgamento!

- "Deus é muito bondoso, eu o imagino como o Papai Noel, o bom velhinho! Vai recompensar a todos os que se comportaram bem durante este ano...".

- Não, não, "Deus é o gênio da lâmpada mágica! Basta esfregar a lâmpada três vezes que Ele aparecerá, e atenderá o meu pedido!"

Diante de tantos outros assuntos mais importantes com que se preocuparem, muitos têm optado por simplesmente ignorar a existência de Deus. Como os discípulos no caminho de Emaús, carregados de informações sobre os últimos acontecimentos ocorridos em Jerusalém, sobre a morte de Jesus, não se deram conta de que o próprio Mestre os acompanhava, ressurreto, confortando-lhes o coração numa conversa franca e alentadora (Lucas 24.13-35).

E você, o que sabe sobre Deus?

Vou me despedindo, desejando que você encontre tempo para desenvolver este nobre conhecimento, apropriando-se, vivenciando e experimentando tudo de melhor que Deus tem reservado para a sua vida.

"Não se glorie o sábio em sua sabedoria, nem o forte em sua força, nem o rico em sua riqueza. Mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado, declara o Senhor". Jeremias 9.23,24.

Que Deus te abençoe!
Priscila David






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